Hoje dei mais um passo em busca da mente sã: marquei uma nutricionista pra mim e, de quebra, ela vai acompanhar minha filha também. É uma profissional que oferece aquele tipo de serviço "Personal diet", ou algo assim. Ela irá à minha casa no dia 04 de Maio para a nossa primeira consulta.
Meu primeiro passo para tentar reverter o diagnóstico de obesidade foi dado em Fevereiro, quando resolvi entrar para a natação.
Logo após, no dia 07 de Março, houve a primeira etapa do Circuito Adidas. Como a empresa incentiva o evento e depois de muita insistência da minha melhor amiga, que é corredora há cerca de 1 ano, resolvi participar. Embora eu tenha apenas caminhado durante a prova, amei! Desde então, comecei a caminhar as terças e quintas, por volta das 05h40min da matina.
Na semana seguinte foi a Corrida da Mulher, para a qual inscrevi também a minha filha. Eram 7,5 Km. Como eu havia lido no regulamento que a corrida teria o tempo máximo de 75 minutos, eu e minha filha empregamos um ritmo de 10 minutos por quilômetro. Quando nosso ritmo caia, fazíamos uma leve corrida, normalmente por volta do último minuto que faltava pra fechar o quilômetro. No final, massagens e massagens...
Pouco depois, esta mesma amiga me presenteou com a primeira edição da revista WRun. A partir de então, minhas caminhadas passaram a seguir o programa publicado nesta primeira edição dedicado aos iniciantes.
Atualmente, faço natação toda segunda, quarta e sexta, e treino entre caminhadas e trotes às terças e quintas.
No entanto, minha alimentação não mudou. Continuo comendo as porcarias de sempre! Tenho uma alimentação muito variada: como desde legumes e verduras às besteiras mais desnecessárias, como chocolates e açúcares mil. Aliás, tenho é compulsão por doces! E depois de muito doce, sempre preciso de muito salgado... Enfim... Aquela velha balança desregulada de sempre. Mesmo assim, a balança começou a cair muito gradualmente. Tinha decidido que continuaria assim: já que não consigo parar de comer besteiras, iria incluir cada vez mais exercícios à minha rotina!
Mas desde a semana passada o plano começou a mixar. Peguei uma gripe que me fez desmotivar de tudo. Não fui à natação na sexta por conta de um teste ergométrico que faria no sábado, mas quando chegou o sábado, não consegui levantar da cama para praticamente nada. Estava totalmente entregue à gripe.
Domingo teve uma caranguejada na casa da minha prima e ela desenterrou uma foto minha de 2001. Eu estava magérrima! Lembro que nesta época eu me achava terrivelmente gorda. Mas não estava! Para variar... Nenhum pouco! Vou pedir pra ela digitalizar a foto e colocar aqui como recordação. A partir daí comecei a ficar pensativa novamente sobre o assunto.
Veio a segunda-feira e mais uma vez não me senti motivada para ir à natação. Com a gripe, sentia fortes dores na lombar e, pasme, preferi ir à pizzaria com a minha filha e o pai dela (outro bocó que está magro e fica obcecado por estar cada vez mais magro).
Na terça eu novamente aproveitei a desculpa da gripe, aliada ao feriado na quarta, e deixei a corrida para o dia seguinte. Eis que, quando chego ao escritório, recebo a terceira edição da revista WRun . A minha amiga querida de sempre havia assinado um ano de revista para mim e colocou o endereço da empresa como de entrega.
Empolgada, nem esperei o almoço para abrir... Fui logo olhando as matérias do mês e qual não foi a minha surpresa quando vi a matéria sobre gordinhas que querem correr!?! Não resisti e li ali mesmo no escritório!
Fiquei MUITO triste! A matéria dizia que quem está com sobrepeso pode correr com ressalvas pelo alto risco de lesões, no entanto, quem é diagnosticado com obesidade não deve correr. Deve apenas caminhar.
Adoro caminhar! Mas realmente estava muito empolgada com a possibilidade de correr. Havia parado na sexta semana do programa desta mesma revista, a qual incluía um treino com 4' de corrida leve seguidos de 1' de caminhada... Estava tão orgulhosa de mim!
Ok! Eu deveria saber, não é? Quem não imagina isso?!? Como alguém obeso pode querer já correr por aí como uma pessoa magra?!? Que onda! Mas como seguia um programinha lindo e bem gradual, esperava mesmo que não houvesse maiores problemas.
Enfim... Com a matéria, fiquei com mais perguntas do que respostas, o que foi construindo a idéia de montar este blog.
Uma das dúvidas que não ficou claro até agora é o papel de um endocrinologista. Fui a 2 deles desde o ano passado e ambos só sabiam passar sibutramina. Não precisei deste profissional para me diagnosticar obesa. Meu cardiologista fez isso e parece cuidar muito melhor de mim. Um dos endócrinos até olhou para mim e perguntou "E aí?" quando terminei de contar o meu caso...
Bom... Esta é a pergunta que venho me fazendo há anos: "E aí?".
Meu terapeuta já havia me dito há tempos que eu tenho que parar de esperar um estímulo externo. Tivemos uma sessão inteirinha dedicada a esta conversa. Claro que foram mais sessões dedicadas à compulsão alimentar e consumista, mas uma em especial deixou este ponto bem claro: estou sempre esperando que algo externo me convença que devo parar de comer e entrar numa dieta.
Chega! Cansei de lamentação! Pelo menos por agora, claro... Mas está mais do que na hora de agir! Marquei a nutricionista! Dinheiro? Óbvio que não tenho! Também sou consumista ao extremo e tive uma crise (ainda estou tentando passar por ela) no início do ano que comprometeu até a minha alma. Mas se eu arrumo dinheiro pra comer na rua, ir ao cinema e comprar roupa, também hei de arrumar pra cuidar da minha saúde!
Enfim... Isso tudo foi para dizer que creio ter dado os passos que faltavam: exercícios e nutrição!
Primeira meta: passar da obesidade para o sobrepeso.
Cultivar a paciência será uma boa maneira de chegar lá... ;-)