domingo, 25 de abril de 2010

Circuito Vênus


Atleta: FRAN...
Colocação: 2345
Sexo: F
Categoria:
Tempo Líquido: 00:43:57
Idade: 32
Faixa Etária: F3140
Colocação Faixa Etária: 864
Tempo Bruto: 00:48:06
Modalidade: 5KM


Juro que tentei me conformar com o lance de só poder caminhar, mas com toda aquela adrenalina no ar, não resisti: corri de um ponto qualquer do segundo quilômetro até o quarto. Parei para beber agua e me recuperar e lá pelos 600 metros finais, corri novamente até completar a prova.

Bom, fora o calor, fiquei suuuper feliz! Com a corrida, levei cerca de 7 minutos a menos para completar a prova.

Outra coisa que não resisti foi em não estrear meu tênis novo na corrida. Também não me arrependi por isso: dá para sentir ele amortecendo o impacto e é mais confortável que o antigo... Mais um motivo pra ficar feliz!

Depois, para fechar, uma massagem e um shiatsu ÓTIMOS.

Agora é continuar o programa: nadar, caminhar, emagrecer... Assim quem sabe na próxima corrida eu já não consiga percorrer todo o percurso correndo realmente?!?!

sábado, 24 de abril de 2010

Enquanto o restante do relato ainda não vem...

Hoje fui retirar meu kit para a corrida do Circuito Vênus que será realizada amanhã em frente ao MAM. Óbvio que adorei as massagenzinhas, o kit todo lindo, a borboletinha de zarovski...

Cheguei lá antes de abrir, por volta das 07:30 h para aproveitar bem tudo que tinha direito. Foi aí que meu senso crítico começou a registrar algumas melhorias que poderiam ser feitas:

1) Café da manhã:

Como moro bem longe do centro do Rio e 10 minutos podem resultar em atrasos de meia a uma hora, saí de casa sem tomar café contando com distribuição de iogurtes e lanchinhos como sempre ouvi falar que tinha no evento (foi minha primeira vez lá, lógico).

Ao que parece, a mudança de produção do evento também mudou isso. Lá só tinha a distribuição de um biscoito Quacker (muito gostoso, por sinal) e do hidrotônico da Propel. Fora isso, havia apenas a venda daquele cachorro quente meio sem graça que é pão e linguiça por R$ 4,00. Resultado: comi apenas um dos biscoitos pois nem o café do MAM abriu antes das 11:30h.

2) Preparação e pontualidade

Outra coisa que haviam me dito é que os kits costumavam ser entregues uns 15 minutos antes da hora oficial do evento e com uma estrutura impecável. Não só quem me disse isso mas também as meninas que estavam na fila e já eram ratas desta corrida reclamaram por este evento ter começado uns 5 minutos mais tarde (o que para o carioca normal nem é considerado atraso). O problema maior é que a abertura se deu de forma um tanto quanto despreparada: embora houvesse duas máquinas, ao menos de início havia apenas um menina para impressão de protocolo que acabou resultando numa fila bem mais demorada do que a da retirada dos kits para quem já tinha protocolo, embora a fila fosse cerca de 4 vezes menor.

Outro item que evidenciou o despreparo foi a falta de canetas para que as pessoas assinassem o protocolo na hora, conforme recomendação escrita no próprio protocolo, e informações truncadas nos estandes exclusivos para assinantes. Os mais desavisados iam até a fila de massagem para assinantes Prana Yoga e eram informados que não havia restrições até que, depois de um tempo considerável esperando, um rapaz chegou e assumiu o estande informando sobre este pequeno requisito para receber a massagem.

Enfim... Apenas items bobos... Nada que tire a graça do evento.

Claro que fui mal intencionada sabendo que a Nike venderia produtos lá com 20% de desconto...

Ah! Aí entra a terceira crítica: não vi descontos! Comprei o Nike+ Sportband e um tênis Nike que já vinha querendo a um tempo, mas estavam com o preço de mercado. O estoque também não continha muita variedade: minha amiga saiu sem a sainha que ela queria porque não havia estoques: o que estava exposto era o que estava a venda.

Bom... Eu fico mais triste pela falta dos 20% porque quanto ao estoque, quanto menos, menor as chances de gastar ainda mais! ;-)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cada dia uma nova descoberta

Hoje fui assistir "Alice no País das Maravilhas", de Tim Burton, com a minha filha e o pai dela. Após o filme, demos uma volta clássica pela Saraiva e descobri uma revista com o título sugestivo chamado "Caminhada já!", escrito por Marcos Paulo Reis (técnico da seleção brasileira de triatlo nas olimpíadas de Atenas e Sydney) e sua equipe. Claro que não resisti! Principalmente depois de ver algumas sugestões de treinos no final do livro.

A caminho e, mais tarde, em casa, descobri quão boa foi a compra ao ter muitas curiosidades e dúvidas sanadas, além de ótimas dicas.

A dica que me motivou a escrever este post é encontrada logo nas primeiras páginas e relata um projeto da Inglaterra com crianças entre 9 e 13 anos. Foram dados pedômetros para as crianças e proposto uma caminhada até Vênus. Segundo eles, isso significava completar "nada menos que 23 682 733 passos". A partir daí uma caminhada pelo sistema solar se torna o objetivo. Uma meta de 10 mil passos por dia é traçada para cada criança.

Bom, não preciso nem dizer que penso em propor o mesmo para minha filha, não é?

Diferente de quando eu era criança, quando minha mãe tinha que brigar para eu ficar em casa, a minha filha tem que ser praticamente obrigada a ir para a rua. Lógico que depois que ela vai, é outra briga para voltar... No entanto, até mesmo as brincadeiras da turminha da rua são feitas dentro das casas de seus pais, ou seja, sem muito movimento. Não a toa, com uma mãe obesa, amigas que "brincam" de ver TV e uma era onde os computadores e video-games imperam, minha filha, de 10 anos, já foi diagnosticada com sobrepeso.

Sendo assim, quem sabe esta brincadeira de contar seus passos e alcançar o sistema solar não contagia o resto da garotada e de quebra torna todos mais saudáveis?

Falta apenas encontrar um fator que a motive a alcançar as metas, mas isso não deve ser lá tão difícil... Ou será?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Decisões

Hoje dei mais um passo em busca da mente sã: marquei uma nutricionista pra mim e, de quebra, ela vai acompanhar minha filha também. É uma profissional que oferece aquele tipo de serviço "Personal diet", ou algo assim. Ela irá à minha casa no dia 04 de Maio para a nossa primeira consulta.

Meu primeiro passo para tentar reverter o diagnóstico de obesidade foi dado em Fevereiro, quando resolvi entrar para a natação.

Logo após, no dia 07 de Março, houve a primeira etapa do Circuito Adidas. Como a empresa incentiva o evento e depois de muita insistência da minha melhor amiga, que é corredora há cerca de 1 ano, resolvi participar. Embora eu tenha apenas caminhado durante a prova, amei! Desde então, comecei a caminhar as terças e quintas, por volta das 05h40min da matina.

Na semana seguinte foi a Corrida da Mulher, para a qual inscrevi também a minha filha. Eram 7,5 Km. Como eu havia lido no regulamento que a corrida teria o tempo máximo de 75 minutos, eu e minha filha empregamos um ritmo de 10 minutos por quilômetro. Quando nosso ritmo caia, fazíamos uma leve corrida, normalmente por volta do último minuto que faltava pra fechar o quilômetro. No final, massagens e massagens...

Pouco depois, esta mesma amiga me presenteou com a primeira edição da revista WRun. A partir de então, minhas caminhadas passaram a seguir o programa publicado nesta primeira edição dedicado aos iniciantes.

Atualmente, faço natação toda segunda, quarta e sexta, e treino entre caminhadas e trotes às terças e quintas.


No entanto, minha alimentação não mudou. Continuo comendo as porcarias de sempre! Tenho uma alimentação muito variada: como desde legumes e verduras às besteiras mais desnecessárias, como chocolates e açúcares mil. Aliás, tenho é compulsão por doces! E depois de muito doce, sempre preciso de muito salgado... Enfim... Aquela velha balança desregulada de sempre. Mesmo assim, a balança começou a cair muito gradualmente. Tinha decidido que continuaria assim: já que não consigo parar de comer besteiras, iria incluir cada vez mais exercícios à minha rotina!

Mas desde a semana passada o plano começou a mixar. Peguei uma gripe que me fez desmotivar de tudo. Não fui à natação na sexta por conta de um teste ergométrico que faria no sábado, mas quando chegou o sábado, não consegui levantar da cama para praticamente nada. Estava totalmente entregue à gripe.

Domingo teve uma caranguejada na casa da minha prima e ela desenterrou uma foto minha de 2001. Eu estava magérrima!  Lembro que nesta época eu me achava terrivelmente gorda. Mas não estava! Para variar... Nenhum pouco! Vou pedir pra ela digitalizar a foto e colocar aqui como recordação. A partir daí comecei a ficar pensativa novamente sobre o assunto.

Veio a segunda-feira e mais uma vez não me senti motivada para ir à natação. Com a gripe, sentia fortes dores na lombar e, pasme, preferi ir à pizzaria com a minha filha e o pai dela (outro bocó que está magro e fica obcecado por estar cada vez mais magro).

Na terça eu novamente aproveitei a desculpa da gripe, aliada ao feriado na quarta, e deixei a corrida para o dia seguinte. Eis que, quando chego ao escritório, recebo a terceira edição da revista WRun . A minha amiga querida de sempre havia assinado um ano de revista para mim e colocou o endereço da empresa como de entrega.

Empolgada, nem esperei o almoço para abrir... Fui logo olhando as matérias do mês e qual não foi a minha surpresa quando vi a matéria sobre gordinhas que querem correr!?! Não resisti e li ali mesmo no escritório!

Fiquei MUITO triste! A matéria dizia que quem está com sobrepeso pode correr com ressalvas pelo alto risco de lesões, no entanto, quem é diagnosticado com obesidade não deve correr. Deve apenas caminhar.

Adoro caminhar! Mas realmente estava muito empolgada com a possibilidade de correr. Havia parado na sexta semana do programa desta mesma revista, a qual incluía um treino com 4' de corrida leve seguidos de 1' de caminhada... Estava tão orgulhosa de mim!

Ok! Eu deveria saber, não é? Quem não imagina isso?!? Como alguém obeso pode querer já correr por aí como uma pessoa magra?!? Que onda! Mas como seguia um programinha lindo e bem gradual, esperava mesmo que não houvesse maiores problemas.

Enfim... Com a matéria, fiquei com mais perguntas do que respostas, o que foi construindo a idéia de montar este blog.

Uma das dúvidas que não ficou claro até agora é o papel de um endocrinologista. Fui a 2 deles desde o ano passado e ambos só sabiam passar sibutramina. Não precisei deste profissional para me diagnosticar obesa. Meu cardiologista fez isso e parece cuidar muito melhor de mim. Um dos endócrinos até olhou para mim e perguntou "E aí?" quando terminei de contar o meu caso...

Bom... Esta é a pergunta que venho me fazendo há anos: "E aí?".

Meu terapeuta já havia me dito há tempos que eu tenho que parar de esperar um estímulo externo. Tivemos uma sessão inteirinha dedicada a esta conversa. Claro que foram mais sessões dedicadas à compulsão alimentar e consumista, mas uma em especial deixou este ponto bem claro: estou sempre esperando que algo externo me convença que devo parar de comer e entrar numa dieta.

Chega! Cansei de lamentação! Pelo menos por agora, claro... Mas está mais do que na hora de agir! Marquei a nutricionista! Dinheiro? Óbvio que não tenho! Também sou consumista ao extremo e tive uma crise (ainda estou tentando passar por ela) no início do ano que comprometeu até a minha alma. Mas se eu arrumo dinheiro pra comer na rua, ir ao cinema e comprar roupa, também hei de arrumar pra cuidar da minha saúde!

Enfim... Isso tudo foi para dizer que creio ter dado os passos que faltavam: exercícios e nutrição!

Primeira meta: passar da obesidade para o sobrepeso.

Cultivar a paciência será uma boa maneira de chegar lá... ;-)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O caminho à obesidade

Olá!

Muito provavelmente este blog não será divulgado ou lido por outras pessoas. Como meus últimos que criei apenas como uma lixeira virtual, este é um blog que visa registrar e relatar, e queimar todas as calorias extras que existem na minha mente.

Mesmo sabendo que ficará mais para mim do que para o mundo, vou me apresentar: Sou uma mulher de 32 anos de idade com obesidade nível 1 diagnosticada pelos médicos e que, como todas as que se encontram numa mesma situação, luta contra todos os monstros reais e imaginários que a levaram a isso.

Antes de conseguir chegar ao ponto que quero com este blog, preciso registrar a minha história até aqui. Acho que este percurso mostra que não há obesidade mais perigosa do que a que está na mente de cada adulto, jovem, adolescente e, hoje em dia, criança. Olhar para o espelho e ver gordura onde não há, depender da opinião alheia sobre o quão em forma se está, procurar sempre por algo externo que lhe diga que você está bem e é bonita(o) é um passo para a auto-destruição. Claro que há coisas piores, mas sempre me pergunto: se eu pudesse ver tão claramente como a minha obsessão por não engordar me levaria diretamente para a obesidade, ainda assim insistiria sobre ser ou não ser gorda?

Sempre fui uma pessoa magra. Até quando estava mais gordinha durante a adolescência ou mesmo juventude, ainda assim, era magra. Estava sempre entre os padrões indicados de IMC e gordura... Mesmo tendo ouvido de um professor de musculação, certa vez, que eu era a falsa magra.

Embora eu tenha uma amiga que diga que desde que me conheceu, na adolescência, eu digo que estou gorda, minha história, baseada na minha memória, começa aos 16 anos, quando dei meu primeiro beijo, transei pela primeira vez, amei pela primeira vez, namorei pela primeira vez...

Nesta época eu já tinha a altura que mantenho hoje: 1,63 m, porém, pesava 52 kg. Eu era invejavelmente magra!

Sempre fui tímida e, mesmo cheia de desejos, morria de vergonha de tudo e de todos... Isso mudou um pouco quando conheci o palco, quando estava no teatro. Fiz teatro amador por uns 3 a 5 anos.. Não sei ao certo. Mas passei a me relacionar melhor com as pessoas... E a perceber um pouco melhor ao meu redor. Pena que não percebia ainda tudo e todos...

No terceiro ano do que hoje é o ensino médio, já com 16 anos, cansada de esperar por príncipes encantados, cansada de esperar por um amor platônico que nutria há 2 anos, comecei a namorar quem hoje é o pai da minha filha. Eis que se deu início a verdadeira obsessão pela magreza! Foi tentando suprir as várias reclamações do primeiro namorado sobre a barriga grande, a bunda imensa, a tara por chocolate e outras pequenas coisas que minam o inconsciente adolescente que começou a minha batalha contra a balança.

Mas como alguém obcecada por ser magra acabaria obesa? É disso que se trata este blog! Do caminho que uma mente obesa traçou até conquistar o que tanto blasfemava! E sobre o que hoje parece ser um caminho reverso, embora eu tenha medo ainda de admitir isso na minha vida... Os impactos disso não só na minha vida, como na dos que me rodeiam: mãe, filha, amigos...

Hoje é só o começo de um treino que visa me levar ao pódio da saúde mental! Junto com a natação, caminhada e, se eu me permitir, corrida, pretendo fazer deste blog o meu treino freqüente para alcançar uma mente saudavel.

Vou publicar aqui fotos minha do decorrer do tempo até hoje e, deste dia, até o que poderei finalmente correr, e de lá, até a reconquista da forma que tanto almejo... quem sabe?!?!

É  o início do caminho contra a obesidade!


Legenda:
Primeira foto: Auto-retrato tirada há alguns meses atrás, com cerca de 84 quilos.
Segunda foto: Com cerca de 16 ou 17 anos, pesando cerca de 52 quilos.
Terceira foto: Se me lembro bem, era o natal de 1998 e eu tinha por volta dos 54 quilos... Só me lembro mesmo de quando eu peguei as fotos na revelação e vi o quanto eu era mais gordinha que minha irmã... A obsessão já cegando os meus olhos.